28.4.07

Correio Fraterno Publica Conto sobre Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout ou Esgotamento Profissional é um conjunto de sintomas que antigamente era associado apenas ao trabalho. Foi descrita inicialmente nos anos 70 e mais recentemente tem sido encontrada também no trabalho voluntário. Em alguns grupos de profissionais, como professores e profissionais de saúde encontra-se maior incidência da síndrome, que se diferencia do estresse porque não se alivia nas férias ou com a interrupção dos trabalhos. Há associações entre a síndrome, situações de estresse e quadros de depressão.


O burnout é descrito a partir de três aspectos básicos: a exaustão emocional (a pessoa se sente com pouca energia para realizar seu trabalho/tarefa), a despersonalização (distanciamento emocional nas necessidades dos colegas e pessoas a quem atende) e a redução da realização pessoal e profissional (um sentimento acentuado de baixa auto-estima, a pessoa acha que investe muito e não é reconhecida pelos colegas ou instituição, dá "murro em ponta de faca")


O desconhecimento desta doença e um grau de exigência continuado nas Sociedades Espíritas, mantido pelo relacionamento entre os membros, pode desencadear a síndrome. É necessário avaliar com cuidado, para não confundi-la com depressão, anemia, obsessão (no seu sentido espírita) ou desinteresse. Especialmente os Centros Espíritas com grande número de frequentadores e relações interpessoais mais distantes são mais passíveis de ter trabalhadores com burnout sem que os colegas de tarefa o percebam.


O indivíduo com burnout é tratável com psicoterapia e, em certos casos, com acompanhamento psiquiátrico. As instituições devem refletir se não estão criando ambientes propícios ao desencadeamento deste transtorno.


"O Martírio de Antônio" - página 16 de Correio Fraterno, mar./abr. de 2007