24.7.17

PROCURANDO POR PESQUISAS SOBRE PASSE EM REVISTAS ESPECIALIZADAS NA ÁREA DE SAÚDE




Com o avanço das ciências, novas possibilidades de estudos sobre o passe ou técnicas similares às que vemos nas sociedades espíritas se abriram. Ao contrário do que pensam alguns confrades, os estudos sobre os passes não findaram ao apagar das luzes do século XIX.

Na Grã-Bretanha, há associações de “spiritual healers”, com milhares de inscritos. São pessoas que se propõem a tratar de pessoas doentes com imposição de mãos, normalmente sem toques no corpo. A busca destes profissionais pela população tem influenciado muitos pesquisadores da área de saúde a realizarem estudos, pelo menos sobre os resultados observados, em comparação com doentes que não passam pelo tratamento (por que não desejam).

Os estudos não são poucos. No Brasil, um grupo de universidades tem acesso a uma base chamada “Periódicos Capes”, que é formada por diversas bases de dados internacionais. São milhares de revistas técnicas de todas as áreas de conhecimento.

Ao digitar a expressão “spiritual healing” no campo de pesquisas por assunto, encontrei 116.455 artigos. Então usei os filtros e reduzi para artigos, revistos por pares, da área de medicina e encontrei 3615 artigos.  Diante da dificuldade, escolhi apenas os artigos que tinham a expressão “spiritual healing” no título, publicados entre 2010 e 2017. Para minha surpresa são 78 artigos para se ler.

Vendo os resumos dos textos, descobri que pesquisadores brasileiros estão criando um novo termo de pesquisa para seus trabalhos. Trata-se de spiritist “passe”, expressão cunhada por que estudaram os passes no ambiente espírita. Obtive 37 retornos (alguns duplicados).

Este pequeno esforço me fez pensar em duas coisas. A ideia que a ciência ou as ciências não se interessam e têm preconceito para os estudos sobre os passes, precisa ser revista. Há muitos trabalhos modernos, que atendem às exigências contemporâneas de publicação, infinitamente maiores que comparadas com o século XIX. Houve o desenvolvimento da metodologia de pesquisa, da estatística e o aumento (e a formação) dos pesquisadores e das áreas de conhecimento limítrofes (psicologia, física, biologia, medicina, etc...). Logo, são estudos com muito mais qualidade que os que lemos nos livros dos magnetizadores do século XIX, por exemplo.

A segundo ponto, é que com a exigência de internacionalização das publicações, trabalhos originalmente seriam publicados em português, estão sendo publicados em inglês, para atingir a um público maior. Se os espíritas desejarem estar “em dia” com o que se produz de conhecimento, às vezes em sua própria cidade, precisarão estar atentos e ter acesso, de alguma forma, a livros e artigos publicados na língua de William Shakespeare.

"Prece e curas espirituais" é o tema central do 13o. Encontro da Liga de Pesquisadores do Espiritismo, que acontecerá em São Paulo, nos dias 26 e 27 de agosto.  Inscrições abertas em http://usesp.org.br/13o-enlihpe/ 

Vagas limitadas.

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