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20.2.08

Espiritismo e Universidade: 20 Casos Prováveis de Reencarnação


Vinte casos prováveis de reencarnação é um livro baseado em publicações realizadas nos anais da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, escrito por Ian Stevenson (leia sobre ele no site da Universidade de Virgínia, clicando no título deste "post") Ele selecionou casos estudados por sua equipe em países muito diferentes: Índia, Ceilão, Brasil, Estados Unidos (índios do Alaska) e Líbano.

A base de sua pesquisa são crianças pequenas com memórias espontâneas de outras vidas, que ele passa a investigar.

Suas conclusões são as seguintes:

1) A fraude é improvável, devido ao extenso número de testemunhas em muitos dos casos e a falta de motivação aparente.
2) A tese da criptomnésia (termo criado por Flournoy que significa memória inconsciente) explicaria alguns dos casos com menos evidências, mas é insuficiente para os casos de relatos mais detalhados, nos quais haveria uma identificação da criança com a personalidade recordada, antes dos sete anos de idade, sem qualquer sinal de alteração da consciência e com relato de informações muito íntimas.
3) Percepção Extra-Sensorial explicaria alguns dos casos, mas é uma tese muito tímida para cobrir todos os fatos dos casos mais detalhados. Ela explicaria o acesso, mas não a organização das informações pelas crianças, nem explica a apresentação de habilidades não desenvolvidas na vida presente, muito menos a identificação da criança com a personalidade do morto por anos a fio.
4) A tese da "possessão" (subjugação, em linguagem kardequiana), explicaria a apresentação de habilidades não aprendidas, mas não explica bem a sensação de relembrar que as crianças apresentam e relatam.
5) As marcas de nascença também depõem a favor da tese da reencarnação, embora em muitos dos casos elas não se apresentem.

Stevenson pesquisou centenas de casos ao longo de sua carreira acadêmica, o que se pode ler na autobiografia publicada por ele na Revista de Psiquiatria da USP, volume 34, suplemento 1, 2007.

O livro foi traduzido para o português na década de 70 (Herculano Pires?) e publicado anos a fio, até que a editora o retirou de catálogo.