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23.1.20

DEVEMOS REGULAR O USO E A PUBLICIDADE DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NO BRASIL?


Fernando Báez e seus pais. O jovem foi assassinado por jogadores alcoolizados na Argentina.


O jornal argentino  “Clarín” publicou hoje um artigo na coluna assinada por Pablo Vaca (https://www.clarin.com/opinion/miopia-tomar-bien-visto_0_ikTYCRsH.html), sobre o uso de bebidas alcoólicas. No dia 18 de janeiro, o jovem Fernando Báez Sosa, de 19 anos, foi vítima de espancamento por jogadores de rugby, alcoolizados, ao sair de um estabelecimento de um balneário, e veio a óbito por traumatismo crânio-encefálico. Onze jogadores estão detidos. Eles o cercaram e golpearam até depois dele estar inconsciente, no chão.

Pablo Vaca informa em sua coluna que os jogadores estavam bêbados. E abre o debate sobre a relação que os argentinos têm com o álcool.

Pablo afirma que a cultura do país incentiva beber. “Basta que alguém diga que não bebe para ser visto como um doente terminal”. É visto como “legal para os homens e feminino para as mulheres”. Um sinal de idade adulta, mas que começa antes dela.

O jornalista levantou diversas informações para a questão do álcool na Argentina, que transcrevo abaixo:

- O chefe de toxicologia do Hospital Fernández, Carlos Damin, recomenda a regulação da publicidade das bebidas alcoólicas.

- Nos Estados Unidos é proibida a venda de bebidas alcoólicas a menores de 21 anos (e não de 18, como na Argentina e no Brasil, agravada a nossa situação com o desrespeito habitual à lei pelos mais diversos pontos de venda, que não pedem identificação de menores).

- Na Austrália, os garçons fazem cursos para servir bebidas e são instruídos a não servir pessoas bêbadas, sendo passíveis de ser multados.

- Na Finlândia, o álcool custa 82% a mais que nos outros países europeus, e seu uso vem baixando.

- Na Rússia, proibiu-se a propaganda de bebidas alcoólicas.

Pablo se queixa do silêncio das autoridades argentinas acerca do acontecido.

Esse tipo de situação já aconteceu no Brasil, e vimos como houve a diminuição da violência nos estádios de futebol com a proibição da venda de álcool, lei que foi desrespeitada por ninguém menos que a FIFA, durante a Copa do Mundo. Os interesses econômicos falaram mais alto.

Nossos hospitais psiquiátricos mantém alas exclusivas para os dependentes de álcool e drogas (lícitas e ilícitas). São casos que envolvem às vezes o sofrimento dos familiares, atingidos não só pelos momentos de perturbação em que seus afetos estão alcoolizados, mas muitas vezes, pela violência, pela erosão da capacidade produtiva e do comprometimento dos vínculos afetivos com os cônjuges e filhos.

Diversos eventos trágicos envolvendo o abuso de álcool (espancamentos e outros atos de violência, ofensas raciais e religiosas, por exemplo) são tratados pela imprensa sem o devido esclarecimento do que teve por fator a alteração da consciência, exceção feita aos acidentes de trânsito envolvendo veículos, mercê das nossas leis de “tolerância zero”, relativamente recentes. Há uma banalização e aceitação das pessoas alcoolizadas em público em nosso país, o que não é permitido em alguns estados norte-americanos.

Por que um blog sobre espiritismo trata desse assunto? Desde há muito os espíritos nos falam dos problemas decorrentes do alcoolismo, e, aos poucos, o tema tem sido deixado de lado, como se fosse apenas uma herança católica da nossa sociedade, uma implicância que deveria ser abandonada com a a mudança de hábitos da contemporaneidade. 

Aos poucos, os jovens espíritas param de falar do assunto, em função do uso associado à pertença a seus grupos fora da comunidade espírita, que dão festas com livre acesso ao álcool ainda no ensino médio, por exemplo.  Algumas casas espíritas aceitam o comércio de fermentados e até de destilados em seus eventos de finalidade filantrópica ou de obtenção de recursos com fins de manutenção institucional, passando uma mensagem contraditória aos frequentadores e trabalhadores.

Penso que o editorial do jornal argentino, em tempos de Mercosul, devia ser levado a sério em nosso país também. Não esperemos um acontecimento trágico em nosso país para começar esse debate que não deve ser mais ignorado.

16.10.08

Alcoolismo e Drogas

Figura 1: Capa do Livro


A modernidade nas grandes cidades, com seu consumismo viciante, as valorização das pessoas a partir de seu poder de consumo, a competitividade excludente, a fragilização dos vínculos de família e a criação de um exército de sub-cidadãos na periferia das grandes cidades tem como nova "endemia social" o uso e a dependência de bebidas alcoólicas e de drogas.
Medo, depressão, frustração contínua, a construção de uma identidade marginal, rebeldia, estresse, ansiedade, desejo de aceitação social, oposição aos valores cristãos, suporte social precário, são alguns dos fatores psicossociais que acompanham a trajetória de pessoas em uma espiral descendente rumo a este tipo de vício.
Em março de 2008, aconteceu o 5º Seminário Beneficente Divaldo Pereira Franco, no Rio de Janeiro, tendo a drogadicção como tema. Ele foi montado em cima de comentários de Joanna de Ângelis - Espírito, na obra psicografada pelo médium baiano, a partir dos quais expositores espíritas e especialistas da área de saúde desenvolveram uma diversidade de abordagens sobre o tema. Encontram-se também depoimentos de drogaditos, que conferem um caráter vivencial ao livro.
A iniciativa se tornou livro, apoiada pelo MAP (Movimento de Amor ao Próximo), que o está relançando no dia 28 de outubro, no G. E. Joana D'Arc, situado à Av. Vicente Carvalho 203 em Vaz Lobo, Rio de Janeiro.
A renda do livro irá para o "Centro de Tratamento de Dependentes de Drogas", Projeto Cristo Consolador, que é uma parceria do MAP com o Centro Espírita Irmão Samaritano.
Ajude a divulgar, adquira o livro, informe-se, participe.