Mostrando postagens com marcador Creche. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Creche. Mostrar todas as postagens

12.3.09

VOCÊ QUER TRABALHAR COMO VOLUNTÁRIO?

Figura 1: Entrada do Lar Espírita Esperança
O Lar Espírita Esperança mantém, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, uma creche na região do bairro Salgado Filho, que oferece educação infantil (antiga pré-escola) e cuidados para 120 crianças de meses de idade até os cinco anos.

Estivemos em visita, ontem, 11 de março, e a Superintendente nos informou que há necessidade de voluntários para diversas atividades, dentre elas o cuidado dos bebês, que já contam com duas educadoras, mas todos os dias tomam sol, banho, são alimentados e demandam uma imensa atenção.

Quem desejar dispor de algumas horas por semana para esta tarefa, entre em contato com Ariadne ou Alcione no telefone 3312-2836, das 7:00 às 17:00 horas.

O Lar Espírita Esperança fica na Rua Samuel Hahnemman, atrás do Hospital André Luiz.

19.9.08

Convênios de Creches Espíritas com o Poder Público


Foto 1: Crianças de uma Creche.
O movimento espírita lançou-se na construção e manutenção de instituições pré-escolares há mais de cinqüenta anos, em uma época na qual a população de baixa renda necessitava e não tinha acesso a este tipo de serviço.

A lei de diretrizes e bases, nos anos 90, atribuiu ao município a responsabilidade pela educação infantil. Nesta época, as atenções do legislador criaram uma série de exigências, muito justas, que transformou o perfil destas instituições e, com estas mudanças, o volume de recursos necessário para mantê-las.

A antiga monitora, que na verdade trabalhava mais como cuidadora que como educadora, passou a ser substituída por educadoras com formação em nível de ensino médio, o que alterou substantivamente os custos da folha de pagamento, principal despesa deste tipo de organização.

As instituições espíritas passaram a aceitar o estabelecimento de convênios com as prefeituras, para cobrirem as despesas adicionais que começaram a surgir.

Algumas prefeituras, por sua vez viram nesta parceria uma forma de atender uma quantidade maior da população, destinar recursos para a área de educação e de reduzir despesas com pessoal, já que os empregados são contratados das instituições espíritas, e não são (s.m.j.) computados como servidores públicos (o que facilita o problema do limite de gastos com pagamento de servidores). Tudo isto, sem contar que em curto e médio prazos, as prefeituras não necessitam investir em aluguel ou construção de prédios.

Após a celebração de convênios, a política da prefeitura de Belo Horizonte tem sido exigir mudanças e adaptações aos espaços existentes, o que caiu em um espaço de arbitrariedades imensas, cometidas pelos fiscais, uma vez que o conjunto dos convenentes tem instalações muito diferentes entre si.

Não bastassem as arbitrariedades, a PBH (falo desta porque não tenho dados de outras), após a assinatura dos convênios deixa de ser parceira e age como se fosse dona da instituição: transforma problemas de comunicação em negligências (nas quais as socidades espíritas pagam a conta), baixa portarias e deliberações, sem negociação clara com seus parceiros, envia fiscais para verificar o cumprimento de suas decisões e não dá o devido suporte em áreas de sua responsabilidade, como é o caso da saúde.

A questão que originou esta publicação surgiu quando começamos a observar que a Prefeitura, ao celebrar convênios com instituições espíritas, passou a exigir que estas abrissem mão de práticas espíritas oferecidas à comunidade. Em uma das instituições tentou-se proibir o passe aplicado nas crianças, por entender que se trata de prática religiosa, e alegando o princípio da laicidade do ensino.

O órgão público tem razão, quando alerta que uma prática religiosa não pode ser imposta a crianças ou famílias que não a aceitem, em um espaço aberto à população em geral, contudo, em meu entendimento, não tem poder para proibir a prática de passes para quem o desejar receber em uma instituição que por força de convênio presta serviço de cunho social mas continua sendo espírita.

Os convênios, com o passar do tempo, tornam-se um problema para a manutenção das creches. As sociedades espíritas passam a depender dele, e evitam confrontação com o município, por medo de não conseguir manter financeiramente as despesas com as creches. Chegará um tempo em que o poder público irá adotar uma política de desapropriação das creches espíritas? Viveremos no Brasil situação semelhante à que enfrentaram nossos irmãos portugueses e espanhóis na triste época da ditadura em seus países? Espero que não.

Este relacionamento precisa ser revisto e cabe ao movimento promover uma discussão com especialistas na área de direito público para orientar as instituições como celebrar parcerias que não exijam das sociedades espíritas abrirem mão de sua identidade essencial, identidade esta que motivou os associados a se unirem para tentar colaborar na solução de uma chaga social que estava aberta em uma época na qual o poder público não tinha olhos de ver a necessidade do ensino pré-escolar para as populações de baixa renda.

18.12.07

Solidariedade sem Fronteiras

A Fundação AVSI da Igreja Católica está realizando a Campanha Tendas 2007/2008. Ela é reconhecida pela ONU e dá apoio a uma creche com 120 crianças em Belo Horizonte. Abaixo segue um convite para uma peça de teatro cuja renda será em prol desta fundação. Quem quiser conhecer melhor a instituição, clique no título.


A solidariedade não deve ter fronteiras religiosas ou políticas.



2.10.07

Visita ao Lar da Criança Emmanuel em São Bernardo

Manhã de sexta-feira. Graças à atenção simpática da Izabel, chegamos ao Lar da Criança Emmanuel em São Bernardo do Campo. É uma creche quase cinquentenária, que atende a quase 200 crianças da região. (Clique no título deste post e conheça mais sobre ela) Foi fundada no meio de uma mata fechada, fruto da doação de uma chácara.


Foto 1: Vista frontal do Centro Espírita Pátria do Evangelho, no complexo do Lar da Criança Emmanuel

Uma turminha brincava no parquinho da creche. Areia, aparelhos e monitoras atentas à energia que os pequenos gastavam, sem se importar com o clima ou o sol. Crianças bem vestidas, bem alimentadas, saudáveis, diferentes da imagem miserável que minha geração guarda na memória das crianças de creche popular de trinta/quarenta anos atrás.


Foto 2: Crianças brincando no parquinho


Passados alguns minutos e a câmara atraiu todas as crianças, que desejavam ser fotografadas e ver-se no visor. Egocentrismo da primeira infância, diria minha antiga mestra de Psicologia do Desenvolvimento, sinal de saúde mental e mais preocupação para as monitoras.


Foto 3: Crianças, Crianças e Crianças...


Além de brincar, comer. Uma cozinha quase industrial funciona sob as regras de higiene e cuidado, para repor as energias das pequenas e dos funcionários.

Foto 4: Funcionária antiga da creche, Tia Lolô (Leonor) trabalhando ativamente com as refeições

Em alguns minutos, as crianças estão em fila, servindo-se sob os olhares cuidadosos da funcionária. A seguir assentam-se nas muitas mesinhas, da sua altura, para almoçar.



Na hora do almoço a máquina fotográfica já não faz muito sucesso, mas ainda atrai as crianças da fila.


Foto 5: Crianças servindo seu prato.



Depois de comer, dormir. Um segundo andar repleto de crianças no horário da soneca, deitadas nos colchões à meia luz, nos fez andar nas pontas dos pés. Os sapatinhos guardados ao longo dos corredores, um do lado do outro, da mesma forma que as meias de Natal, esperando o presente de Papai Noel, encantam os visitantes. Nesta hora, nenhuma foto para não atrapalhar o sono...



Foto 6: Sapatinhos...

Apesar dos avanços, as paredes da creche guardam seus segredos. Histórias de falta, de tristeza, de medo, de violência, de abandono e desconfiança. Histórias mil, ocultas por detrás de algumas horas de infância por dia. Passados os anos e apesar das aparências, o Lar é um oásis para a infância que hoje habita a selva de asfalto e solidão da periferia dos grandes centros urbanos. Um local de refazimento em um curto, mas importante período da vida.



Foto 7: Afresco....


O Lar da Criança é realmente da criança. Móveis adequados, lavatórios à altura dos clientes, afrescos com temas infantis por todos os lados demarcam o território da infância. Visto a olhos rápidos, de viajante, o lar parece a materialização de uma oração psicografada por Chico Xavier há muitos anos, intitulada "Oração da Criança ao Homem". Deus e seus agentes no mundo os conservem.