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9.7.17

HOMENAGEM AO PARNASO DE ALÉM TÚMULO





A União Espírita Mineira promoveu ontem, em sua Sede Federativa, um evento comemorativo dos 85 anos de publicação de Parnaso de Além Túmulo, o primeiro livro publicado por Chico Xavier.

Falou-se de poesia, do Chico e do livro. Marival Veloso de Matos, 83 anos, ex-presidente da federativa, além de fazer a palestra, declamou de memória partes de "O Livro e a América" de Castro Alves. Como a idade confere experiência e generosidade a alguns, Marival compartilhou a tribuna com um colega advogado, convocado de improviso, que falou sobre o estilo de Augusto dos Anjos, o que fez com clareza e desenvoltura.

Há muitas informações interessantes, como, por exemplo, como foram se fazendo as alterações das ordens dos poemas e de como se inseriram novas poesias no livro. Fiquei curioso para ler a poesia Deus, de Antero de Quental.

A variedade de estilos e poetas no livro impressiona a quem estudou alguma coisa de poesia. Haja vista a fala de Monteiro Lobato:

"Se Chico Xavier produziu tudo aquilo por conta própria, então ele merece ocupar quantas cadeiras quiser na Academia Brasileira de Letras."

Ou o depoimento de Raymundo de Magalhães Júnior, da ABL.

"Se Chico Xavier é um embusteiro, é um embusteiro de talento. Sua facilidade de imitar seria um dom especialíssimo, porque ele não imita apenas Antero de Quental, Olavo Bilac e Humberto de Campos, mas Alphonsus de Guimaraes, Artur Azevedo, Antônio Nobre, etc."

E apesar da fala negativa de João Dornas Filho, da ABL, hoje há monografias com texto menos apaixonado, se opondo ao que ele escreveu abaixo:

"Olavo Bilac, um homem que no estágio de imperfeição nunca assinou um verso imperfeito, depois de morto ditou a Chico Xavier sonetos inteirinhos abaixo dos medíocres."


Voltando a Marival, ele encantou a assistência com sua capacidade de lidar com os improvisos e com seu bom humor. Cantou um pouquinho e declamou uma poesia que escreveu ao Chico Xavier: Cisco de um cisco.

A pesquisa merece ser conferida. Para o leitor que deseja ir direto à palestra, ela inicia-se aos 34 minutos e 25 segundos.

6.4.08

1630 Participantes no Congresso Espírita Mineiro


Encerrou-se hoje o IV Congresso Espírita Mineiro, no Auditório Topázio do Minascentro.

Divaldo Franco fez uma palestra magistral, na qual tratou de Ernest Renan, Lammenais e outros cristãos franceses que tentaram a seu modo reabilitar a doutrina cristã no século XIX. Ele apresentou avanços da psiconeuroimunologia associando o funcionamento do sistema nervoso com a contribuição da física biológica ao entendimento da fisiologia de transtornos psicológicos. Divaldo concluiu sua exposição dissertando sobre Tomé e o seu caminho ímpar em meio aos discípulos de Jesus para a construção da fé.

Foi feita a leitura de duas mensagens psicografadas por Wagner Gomes da Paixão, uma delas atribuída a Francisco Cândido Xavier.

O encerramento do evento contou com homenagens à União Espírita Mineira e com a palavra emocionada e emocionante de Marival Veloso. Ele tornou-se gigante por se considerar pequeno. Marival declamou, às vezes interrompido pelas lágrimas, a poesia condoreira de Castro Alves, antes e depois da morte. Agradeceu as homenagens e tocou a todos os presentes.
A Federação Espírita Brasileira, representada na abertura por Nestor Masotti e Altivo Ferreira contou com a prece de encerramento deste último nas instalações do centro de convenções mineiro.

O congresso foi corajosamente organizado tendo por base trabalhos de expositores conhecidos e reconhecidos nas terras das alterosas, mas muitos pouco conhecidos nos outros estados do Brasil.

Houve uma presença marcante de espíritas de todo o Brasil, representantes de Federativas e da comunidade espírita do interior de Minas Gerais que prestigiou o evento.
Em breve teremos imagens para divulgar. No momento, cabe parabenizar o trabalho árduo das muitas comissões que se formaram em torno da feliz idéia.

Leia a matéria sobre o Congresso em http://aecx.blogspot.com/2008/04/iv-congresso-esprita-mineiro-foi.html