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8.5.18

GEOGRAFIA(S) DO MUNDO ESPIRITUAL



O título desta matéria é também o título do capítulo do livro “O espiritismo, as ciências e a filosofia”, publicado em 2014 pela Liga de Pesquisadores do Espiritismo – LIHPE e pelo Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo – Eduardo Carvalho Monteiro – CCDPE-ECM.



Escrito pelo então geógrafo e mestre em geografia, hoje doutorando em geografia Chrystiann Lavarini, o trabalho traz inúmeras contribuições ao pensamento espírita contemporâneo.

Ele se inicia com a apresentação de conceitos gerais em geografia, como território, região, lugar, paisagem e espaço geográfico, esse último conceito influenciado pelo conhecido geógrafo brasileiro, Milton Santos.

Uma vez definidos os conceitos, o autor faz a análise do relato espiritual contido em dois livros: “O céu e o inferno”, de Allan Kardec e “A crise da morte” do italiano Ernesto Bozzano.



Ao comparar os relatos dos Espíritos felizes com os dos Espíritos sofredores, Lavarini explica:

“Os territórios ocupados pelos Espíritos Sofredores diferem, e muito, do quadro apresentado pelos Espíritos Felizes, sobretudo pela sua incapacidade de viver e perceber as regiões distintas do grau evolutivo a que pertencem, associado à impossibilidade de se locomoverem livremente no espaço.” (Lavarini, 2014, p. 185)

Lavarini identificou quatro espíritos no livro de Kardec que falam de trevas: Claire, Lisbeth, Palmyre e Joseph Maitre. Ele entende que a descrição pode ser entendida como um estado consciencial, que por afinidade e atração ocasionaria “espaços resultantes do insulamento a que suas consciências encontram-se submetidas”.



Ao analisar as pesquisas de Bozzano, baseado no relato de dezessete espíritos desencarnados, o autor entende que “a existência de uma paisagem espiritual objetiva, que nem sempre é passível de ser produzida ou reproduzida somente pela vontade espiritual, mas que se enquadra dentro das manifestações psíquicas coletivas do Mundo Espiritual.” (Lavarini, 2014, 193)

O texto é longo, citado de forma rigorosa e repleto de contribuições, que não dá para apresentar no espaço de um blog. Chrystiann mostra a consistência entre a pesquisa de Bozzano e a de Allan Kardec e demonstra a necessidade de entendermos a conceituação geográfica para entendermos o que nos dizem os espíritos sobre a vida no mundo espiritual.

Recomendo aos leitores do Espiritismo Comentado a leitura do texto e do livro, que traz muitas contribuições a quem deseja realmente estudar o espiritismo. Ele pode ser adquirido na livraria virtual do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo - Eduardo Carvalho Monteiro e nas distribuidoras de livros espíritas, como a Candeia e a Boa Nova.

28.4.18

NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO E "O CÉU E O INFERNO"



Estamos estudando pela segunda vez o livro "Nos bastidores da obsessão", psicografado por Divaldo Franco e escrito pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. Para o dia de hoje, ficou a nosso encargo parte do capítulo quatro que trata sobre o hipnotismo.

Após um histórico extenso das teorias sobre o hipnotismo no século XIX, início do século XX, com uma passagem pela questão da sugestibilidade de Bernheim, o instrutor espiritual começa a falar de obsessão entre desencarnados-encarnados e sobre influenciação entre desencarnados.

Ele parte do princípio que há ondas mentais exteriorizáveis, capazes de estabelecer conexões entre as mentes de pessoas e Espíritos. Nesse intercâmbio, ainda que não consciente, ocorrem os fenômenos de sugestão, que ele classifica como negativa ou positiva (do ponto de vista moral, ao que entendemos).

Com base nesse fenômeno ele se volta à questão da interação entre Espíritos no plano espiritual e diz:

"Céu ou inferno, portanto, são dependências que construímos em nosso íntimo, vitalizadas pelas aspirações e mantidas a longo esforço pelas atitudes que imprimimos ao dia-a-dia da existência".

Após mostrar que se trata do estado psicológico dos Espíritos desencarnados, ele continua mostrando suas interações:

"Por tais processos, províncias de angústia e regiões de suplício, oásis de ventura e ilhas de esperança nascem no recôndito de cada mente e se reúnem, em todos os departamentos do planeta." (p. 95 da 2a. edição)

O autor explica que ocorre a sintonia entre mentes a partir das afinidades. Podemos deduzir que esse fenômeno gera imagens, pensamentos e sentimentos que passam a ser compartilhados, pelos Espíritos que sintonizam na mesma faixa "psicológica". 

Allan Kardec não usa os termos "colônia espiritual", "umbral", "regiões inferiores" ou outros, mas trata da vida no mundo espiritual. No seu "O céu e o inferno", após desconstruir a ideia de inferno no capítulo IV, afirma sobre o purgatório:

"O espiritismo não nega, pois, antes confirma, a penalidade futura. O que ele destrói é o inferno localizado com suas fornalhas e penas irremissíveis. Não nega, outrossim, o purgatório, pois prova que nele nos achamos."... (p. 65)

Certamente, Kardec não subscreve a ideia de purgatório, assim como não subscreve a ideia de anjos. Ele apenas diz que os princípios dessas ideias são coerentes com o pensamento espírita. Ao ler essa passagem, à qual remeto o leitor, perguntei-me: Ele se refere apenas ao sofrimento das pessoas encarnadas ou também ao purgatório como condição de sofrimento das pessoas desencarnadas? No mesmo texto, mais à frente se lê:

"Seja qual for a duração do castigo, na vida espiritual ou na Terra, onde que que se verifique, tem sempre um termo, próximo ou remoto."

O mestre francês está preocupado com a tese da justiça divina, e não com a descrição dos sofrimentos nesse capítulo, por isso critica diversas vezes a "irremissibilidade dos erros". 

Ele ainda retorna à questão da circunscrição do espaço do "purgatório", e diz que:

"... eis por que mais naturalmente se aplica à Terra do que ao Espaço infinito onde erram os Espíritos sofredores" (p. 66)

Note o leitor que ele associa o conceito ao sofrimento, e por isso o amplia. Há muito sofrimento na Terra entre os encarnados, assim como existe sofrimento moral (ou psicológico) entre os desencarnados. Kardec não exclui o conceito de purgatório do "Espaço infinito", apenas o aproxima do sofrimento dos Espíritos encarnados.

Outra diferença entre o pensamento de Kardec e a tradição medieval cristã, é que o sofrimento não é o fim da inferioridade humana, mas meio, através do qual o Espírito pode conscientizar-se e empreender a reparação dos seus erros. 

"Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências" (p. 93)

Outro ponto pouco conhecido,  no mesmo livro, é o capítulo IV, que trata dos espíritos sofredores. Allan Kardec publica um ditado do espírito Georges, que explica como ficam os espíritos endurecidos e maus após a morte. Destaquei o seguinte parágrafo:

"Não elevam o olhar às moradas dos Espíritos elevados, consideram o que os cerca e, então, compreendendo o abatimento dos Espíritos fracos e punidos, se agarrarão a eles como a uma presa, utilizando-se da lembrança de suas faltas passadas, que eles põem continuamente em ação pelos seus gestos ridículos" (p. 263)

Essa é uma descrição de Georges sobre o mundo espiritual, no parágrafo posterior ele trata da ação desses espíritos na Terra, e trata da ação espiritual entre os homens.

Allan Kardec continua seu trabalho, identificando essa instrução nos relatos de espíritos em sofrimento.

Novel (p. 265-266), descreve sua perseguição pelos maus Espíritos no plano espiritual.

O Espírito de um boêmio (p. 269-270) segue com a influência da matéria no além túmulo, "sem que a morte lhes ponha termo aos apetites que a sua vista ... procura em vão os meios de os saciar."

O príncipe Ouran (p. 275) explica que "liberto da matéria, o sentimento moral aumentou-se, para mim, de tudo quanto as cruéis sensações físicas tinham de horrível".

Ferdinand Bertin (p. 279) assim descreve sua situação no mundo espiritual:

"Estou num medonho abismo! Auxilia-me... Oh! Meu Deus! Quem me tirará desse abismo?" E ele se sente ainda colhido pelo mar, onde faleceu. 

Claire, descreve sua experiência no mundo espiritual: "Também eu posso responder à pergunta relativa às trevas, pois vaguei e sofri por muito tempo nesses limbos onde tudo é soluço e misérias. Sim, existem as trevas visíveis de que fala a Escritura, e os desgraçados que deixam a vida, ignorantes ou culpados,  depois das provações terrenas são impelidos à fria região, inconscientes de si mesmos e do seu destino.

Palmyre (p. 306-308), que suicidou-se juntamente com o Sr. D., seu amante, ao descrever sua vida após a morte refere-se aos Espíritos que estão com ela no mundo espiritual, e diz que ouve "risos infernais e vozes horrendas que bradam: sempre assim!"

Se continuarmos a pesquisa, com certeza teremos mais elementos sobre as relações entre os Espíritos no mundo espiritual na obra de Kardec. 

Este tipo de descrição da interação e das relações entre Espíritos inferiores ou superiores no mundo espiritual foi realizado também por médiuns brasileiros, como Francisco Cândido Xavier, Yvonne do Amaral Pereira, Divaldo Pereira Franco e também através da série Histórias que os espíritos contaram, escrita pelo estudioso Hermínio C. Miranda. 

7.5.11

POR QUE ORAR PELOS ESPÍRITOS?


Foto 1: Vista de Castelnaudary


Um historiador ou antropólogo que visse espíritas em oração talvez associasse imediatamente esta prática com as religiões antigas e a magia primitiva, que propunham um tipo de vínculo ou comunicação com a(s) divindade(s). Ao mesmo tempo, hoje, dificilmente estes profissionais associariam o ato ritual de lavar as mãos dos cirurgiões com a prática ritual judaica, que se tornou objeto de controvérsias nos Evangelhos.

Hoje se acha incorporada ao senso comum a ideia de micróbios e outros microorganismos, que já foi objeto de ridículo na História da Medicina. Talvez por isso ninguém mais se recorde do tempo em que lavar as mãos era apenas um ato de fé ou um respeito à tradição.

O trabalho de Allan Kardec está repleto de comunicações de espíritos que solicitam aos espíritas franceses que orem por eles, e alguns casos são estudados, mostrando o efeito das preces sobre o psiquismo do desencarnado.

Um dos casos que se acha documentado intitula-se "o espírito de Castelnaudary" e pode ser lido no livro "O Céu e o Inferno". Castelnaudary é uma cidade no sudeste francês, próxima a Tolouse, na qual se encontrava uma casa considerada assombrada e exorcizada em 1848, sem qualquer diminuição dos fenômenos, um dos quais foi uma bofetada de mão materializada na face de um herdeiro do imóvel.

Os membros da Sociedade de Paris evocaram o espírito que habitaria nesta casa em 1859 e tiveram o apoio de São Luís para entender o que se passava.

O espírito evocado explicou tratar-se de um antigo dono, que cometera dois crimes naquela casa, vindo a falecer sem qualquer punição da justiça humana em 1659, com 80 anos. Sua imagem guardava relação com o estado íntimo: uma camisa ensanguentada e um punhal à mão, extremamente perturbado e violento.

Os colegas de Allan Kardec perguntam a São Luís como ficar livres deste tipo de obsessor, ao que o orientador espiritual responde ser necessário orar por eles.

Eles investigam mais a fundo a questão, perguntando se a prece sensibilizaria os espíritos ao mesmo tempo perversos e inteligentes. O mentor esclarece que para aproveitar a prece o espírito precisa arrepender-se do mal que tenha feito, mas que mesmo para este tipo de espírito se deveria orar, para que os pensamentos, mais cedo ou mais tarde, possam sensibilizá-lo e vencer seu cinismo.

Kardec relatou as comunicações deste espírito e de outros envolvidos com ele por dez sessões (duas delas na casa do Sr. F...), e destacou a coerência das informações fornecidas. O leitor consegue acompanhar as mudanças que se operam na consciência dele, as explicações que ele dá sobre os efeitos da prece e a evolução relativamente rápida que sofre, se considerarmos que se encontrava ligado ao local dos crimes por duzentos anos.

Este é apenas um dos casos relatados por Kardec em sua extensa obra. Faz-nos pensar mais sobre o efeito da oração sobre os espíritos e muda bastante a consideração da prece como ato automático ou de auto-punição, tornando-a um meio de comunicação e influência entre as almas.

5.3.11

LUZ E TREVAS


A luz foi empregada pelos iluministas como símbolo da razão, base de um conhecimento não dogmático. A Idade Média chegou a ser considerada a "idade das trevas", pelo predomínio da fé em detrimento da razão.

Sabemos da influência do pensamento iluminista e francês na formação de HLD Rivail, que transparece em seus textos.

Uma descoberta interessante que fizemos na leitura de "O Céu e o Inferno" foi o emprego do termo trevas e luz diferente do que temos feito no movimento espírita.

Observo o emprego de "espíritos das trevas" para espíritos inferiores em geral (escala espírita) e "espíritos de luz" para espíritos superiores. Há também o emprego de trevas como sinônimo de espíritos que se associam para praticar o mal e a partir da leitura de André Luiz (Nosso Lar, cap. 44), muitos leitores utilizam as trevas como uma espécie de lugar "geográfico" do plano espiritual onde se congregam espíritos em condição pior que os do Umbral (que seria um ambiente de sintonia de espíritos em estado de sofrimento). Penso que este último sentido é uma espécie de atavismo do pensamento católico, que aproxima a compreensão do mundo espiritual das velhas ideias de céu, purgatório e inferno, muito criticadas por Kardec no livro em questão.

Allan Kardec emprega em alguns momentos o termo luz como entendimento ou consciência do plano espiritual.

Na comunicação de Sanson (pág. 181) ele pergunta o que o espírito viu quando seus olhos se abriram à luz, e o espírita recém-desencarnado explica que passado o período de perturbação, recuperadas as faculdades, ele reconheceu seus amigos e espíritos protetores.

Samuel Filipe (pág. 193) tece consideração semelhante: "Pouco a pouco as minhas idéias adquiriram mais lucidez, a luz que entrevia, por denso nevoeiro, fez-se brilhante; e eu comecei a compreender-me, a reconhecer-me, compreendendo e reconhecendo que não mais pertencia a esse mundo."

O diálogo mais expressivo que demarca esta compreensão, envolve São Luís, e Allan Kardec, na análise do caso Claire, que é um Espírito sofredor. O diretor da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas pergunta a São Luís o que se devia entender por trevas; se seria o sentido bíblico.

O Espírito responde que se tratava de uma alegoria, que deve-se entender por trevas "uma verdadeira noite da alma, comparável à obscuridade intelectual do idiota" (p. 291), "uma inconsciência daquele e do que o rodeia, a qual se produz quer na presença, quer na ausência da luz material". Ele diz que é comum acontecer em meio aos que acreditavam no nada após a morte, e reafirma "coisa alguma percebe em torno - nem coisas, nem seres; somente trevas..."

O assunto não se encerra e Kardec adiciona novas explicações. Ele compara o Espírito a um fósforo, capaz de produzir sua própria luz, proporcionalmente à sua pureza. (p. 292) e teoriza sobre a irradiação de "fluidos luminosos pelos Espíritos superiores".

A afirmação mais importante vem a seguir: "primeiro, porque nem todos os Espíritos inferiores estão em trevas; segundo porque um mesmo Espírito pode achar-se alternadamente na luz e na obscuridade; e terceiro, finalmente, porque a luz também é castigo para os Espíritos muito imperfeitos." (pág. 293)

Ele argumenta: "Se a obscuridade em que jazem certos espíritos fosse inerente à sua personalidade, essa obscuridade seria permanente e geral para todos os maus Espíritos, o que aliás não acontece." (pág. 293)

"Às vezes os perversos mais requintados vêem perfeitamente, ao passo que outros, que assim não podem ser qualificados, jazem temporariamente, em trevas profundas." (pág. 293)

Parece que temos um novo sentido para espíritos iluminados e espíritos em trevas (e não das trevas), mas este é apenas um primeiro ensaio que precisa ser analisado com mais profundidade na obra de Allan Kardec.

1.11.10

A CONDESSA PAULA, ALLAN KARDEC E A LUTA DE CLASSES

Capa do livro: A Condessa Paula - CELD, 1991

Um dos livros pouco estudados de Allan Kardec é "O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo". A segunda parte do livro é uma coletânea de diálogos com espíritos em diferentes condições espirituais.
Lido com olhos contemporâneos, é uma parte instigante. Allan Kardec inicia com relatos de espíritos felizes, que viveram e desencarnaram em boas condições. Muitos de seus contemporâneos são evocados e dão notícias de seu estado espiritual.
Chamou-me a atenção o relato de um espírito que se identificou como sendo a Condessa Paula. Um de seus parentes a evocou e conversaram sobre sua condição espiritual.

Paula desencarnara ainda jovem, com 36 anos de idade e os relatos sobre sua vida mostram uma nobre que cumpriu com seus deveres de posição, praticou a caridade moral e material e soube tratar seus concidadãos, empregados e prestadores de serviço com justiça, cordialidade e respeito.

Kardec faz anotações sobre seus valores morais e a compara com a dama caridosa descrita em "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

Aparentemente simples, é curioso que Allan Kardec não a houvesse condenado por ter sido nobre. O espírito de época na França, especialmente nos meios intelectuais, era herdeiro das ideias iluministas, defensoras de uma revolução que viesse a mudar a sociedade francesa com o fim da nobreza e do clero.

"A sua beneficência era inesgotável, mas não essa beneficência ostentosa à luz meridiana; e assim exercia a caridade de coração, que não por amor de vanglórias. Só Deus sabe se as lágrimas que ela enxugou, os desesperos que acalmou, pois tais virtudes só tinham por testemunho os infelizes que assistia." (O Céu e o Inferno, parte 2a., cap. 2, p. 221)

Vê-se que a proposta espírita e o pensamento kardequiano não é simpático à luta de classes, mas à sua colaboração. Um dos pontos da doutrina social espírita é a reforma da sociedade a partir da reforma do homem, e não o contrário; uma ideia amadurecida em uma sociedade que, em nome da revolução, viveu os horrrores da dissolução do tecido social e o renascimento do despotismo após o enforcamento dos reis, em meio ao grupo que chegou ao poder e tornou-se dominante.

Quem desejar ler mais sobre o assunto veja:

1. A Condessa Paula. In: KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Rio de Janeiro, FEB.

2. A Condessa Paula (livro ilustrado). Texto de Allan Kardec. Ilustrações de Jefferson Alves de Souza. Publicação do Centro Espírita Léon Denis, 1991 (1a. Edição)